A Bacia Hidrográfica do Angeloni

É possível determinar a área de influência de um supermercado, como se fosse uma bacia hidrográfica, a partir da localização de seus carrinhos de compra que não estão dentro dele.

Um percentual perturbador de condomínios pegam os carrinhos de supermercado e deixam na garagem coletiva. Assim, quem chega de carro com compras transfere tudo do porta-malas para o carrinho e do carrinho para casa.

“Eles tem tantos carrinhos, um não vai fazer falta.” “É melhor para eles, assim as pessoas fazem compras no mercado deles com mais facilidade.” “Foda-se.” Não sei qual é o raciocínio.

E é assim que a influência de um mercado é medida: qual é o nome impresso no carrinho que está em um dado condomínio? Até ali aquele mercado vai.

Tem condomínios com mais de um carrinho. Eu vi. Deve ter condomínio com carrinhos de mais de um mercado. A fronteira!

Porque o carrinho é um objeto físico grandão. Ninguém vai pegar e levar no porta-malas, certo? Ou vai?

E será que é de caso pensado mesmo? Alguém vai até o mercado e leva de propósito? Acharia que não.

Deve ser um processo em que alguém foi a pé ao mercado, empurrou o carrinho até o condomínio e foi ficando lá. Mas eu já vi carrinho bem longe. Haja vontade.